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quarta-feira, 24 de março de 2010

POLÉMICA NO JOGO PEDRA MOURINHA VS S. PEDRO

Recebi através de e-mail este comunicado do S. Pedro Futsal, como este espaço é e será sempre um espaço livre coloco o referido comunicado, da responsabilidade dos mesmos.
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Luis Barradas
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O São Pedro FCF considera que a dupla de arbitragem Luís Pires/Marco Correia teve uma actuação mal conseguida, repleta de erros e com influência no resultado final com prejuízo para o São Pedro FCF.
A avaliação do São Pedro FCF certamente não será, nem pretende ser, isenta nem imparcial, mas fundamenta-se, para além da apreciação ao vivo que deixou uma sensação de deja vu, em 3:52 minutos de vídeo, disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=3V93fT55FS0 onde evidenciamos as nossas principais razões de queixa:
6’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
14’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro seguida de entrada de pé em riste também não assinalada.
25’’ – Assinalada falta, quanto a nós discutível, contra o São Pedro. Considerar infracção evidencia um critério apertado e não a preferência por deixar jogar, mesmo quando há contacto, com que fomos brindados nas eventuais faltas a nosso favor.
31’’ – Falta a favor do São Pedro. O Sr. Árbitro Luís Pires fez a sinalética da lei da vantagem (não visível no vídeo) mas acabou por não acumular a falta. Era a 5ª falta.
35’’ – Assinalada falta a favor do São Pedro mas era a 6ª falta e devia ter sido marcado livre de 10m.
52’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’02’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’09’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’14’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’22’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’29’’ – Assinalada falta contra o São Pedro por ressalto casual e a curta distância da bola na mão do nosso atleta.
1’38’’ – Assinalada falta, na nossa perspectiva inexistente, contra o São Pedro.
1’48’’ – Falta não assinalada sobre o GR do São Pedro. É quanto a nós uma entrada violenta e fora de tempo, sendo perceptível no vídeo o cotovelo do adversário na face do nosso GR. Nesta entrada o Sr. Árbitro Luís Pires, perfeitamente enquadrado, não vislumbrou nenhuma infracção. Mais à frente já se perceberá o conceito de “tentativa de agressão” do Sr. Árbitro Luís Pires.
1’52’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
2’00’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
2’04’’ – Falta, quanto a nós, mal assinalada contra o São Pedro.
2’12’’ - Falta, quanto a nós, mal assinalada contra o São Pedro. Advertência com cartão amarelo, quanto a nós exagerada, considerando a natureza da infracção e considerando que no vídeo não é perceptível nenhum protesto passível de admoestação.
2’26’’ – Falta a favor do São Pedro. O Sr. Árbitro Marco Correia deu a lei da vantagem e acumulou a falta mas o jogo seguiu com reposição de bola pelo GR adversário. Em nossa opinião devia ter sido marcado livre directo porque o nosso atleta tenta finalizar enquanto está ainda a ser alvo de infracção.
2’39’’ – Assinalada 6ª falta contra o São Pedro por pretensa carga sobre o GR adversário. Em nossa opinião a falta era ao contrário e seria Grande Penalidade a favor do São Pedro porque o nosso atleta já tinha ganho posição quando foi carregado pelo GR adversário que é quem força o contacto e não o nosso atleta.
2’52’’ – Em nossa opinião, um erro inadmissível, mesmo num árbitro da 1ª categoria distrital “B”. O Sr. Árbitro Luís Pires expulsa com cartão vermelho directo o nosso atleta nº 7, Óscar Teixeira, capitão de equipa, informando-o que a expulsão se fundamentava numa suposta tentativa de agressão. No vídeo é perceptível a inexistência de qualquer comportamento passível de ser interpretado como tentativa de agressão. Não foi marcada nenhuma falta e o jogo recomeçou com a marcação de pontapé de canto.
3’09’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
3’12’’ – Falta, quanto a nós, mal assinalada contra o São Pedro. Na cobrança do respectivo livre de 10m o adversário faz golo (2-1).
3’26’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
3’33’’ – Falta e livre de 10m contra o São Pedro. Bem assinalado.
3’46’’ – Em nossa opinião, e considerando o critério adoptado pela dupla de arbitragem para as faltas contra o São Pedro, há uma falta não assinalada sobre o nosso atleta de onde resulta o golo (3-2) da vitória do adversário.

O São Pedro FCT compreende que em todos os jogos haja situações que os árbitros interpretem de forma diferente das equipas intervenientes e que muitas vezes até podem estar correctos e os protestos serem infundados. O São Pedro admite até que, nos lances apontados, os pareceres técnicos dos especialistas de arbitragem sejam diferentes num ou noutro lance. O que o São Pedro questiona, neste jogo em particular, é a quantidade de situações em que a nossa opinião diverge da do árbitro e o critério demasiado penalizador para o São Pedro e demasiado brando para o adversário.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O QUE FALTA... AOS CANDIDATOS

Numa altura em que o campeonato entrou numa fase de grandes decisões, faltam 7 jornadas, 21 pontos em jogo, e de forma a que todos possam fazer a sua análise coloco as jornadas que faltam para os 4 candidatos (em meu entender). Entre o primeiro classificado e o quarto lugar existe uma diferença de 6 pontos.
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Começo pela equipa de Tomás Viegas "STO. ESTEVÃO":
Não tem uma tarefa muito fácil pela frente, ainda tem que defrontar os 3 directos concorrentes ao titulo Algarvio, recebendo estes em sua casa. Outro dos jogos bem complicados que tem pela frente é o jogo com os Putos da Rua (actual 5º. classificado - corre por fora), em casa deste.
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O QUE FALTA
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Putos da Rua FC - CP Santo Estevão
CP Santo Estevão - Desp. Sapalense Clube
União AC Lagos - CP Santo Estevão
CP Santo Estevão - CDR Pedra Mourinha
CP Santo Estevão - S. Pedro FC Faro
CAAF Alte - CP Santo Estevão
CP Santo Estevão - Casa Benfica VRSA

Classificação1º.
Jogos15
Pontos 32
Golos Marcados57
Golos Sofridos 32
Vitórias
10
Série de ultimos jogos - s/ perder
8
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A equipa orientada por Fernando Vasques "CASA BENFICA VRSA":
Depois de no fim-semana passado ter conquistado o 1º. lugar, marcou passo neste fim de semana, e tem igualmente tarefa complicada pela frente, joga frente a 2 candidatos, um dos quais um derby de Vila Real Sto. António. Além destes dois jogos, tem ainda duas deslocações que podem comprometer, Atalaia e Putos da Rua.
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O QUE FALTA
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GD Atalaia - Casa Benfica VRSA
Casa Benfica VRSA - CF «Os Armacenenses»
Putos da Rua FC - Casa Benfica VRSA
Casa Benfica VRSA - Desp. Sapalense Clube
União AC Lagos - Casa Benfica VRSA
Casa Benfica VRSA - CDR Pedra Mourinha
CP Santo Estevão - Casa Benfica VRSA

Classificação2º.
Jogos15
Pontos31
Golos Marcados
54
Golos Sofridos35
Vitórias
9
Série de ultimos jogos - s/ perder
9
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A eterna candidata e equipa de Carlos Juliano "S. PEDRO":
Até à 13ª. jornada esteve sempre na frente do campeonato, por muitos considerada a eterna candidata ao titulo Algarvio.
Teóricamente é dos 4 candidatos a que tem o melhor calendário, só defrontando um adversário directo, mas tem o derby de Faro frente à equipa da Atalaia. Mas como todos os jogos são complicados, não podem facilitar.
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O QUE FALTA
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União AC Lagos - S. Pedro FC Faro
S. Pedro FC Faro - ACDR Porches
CDR Pedra Mourinha - S. Pedro FC Faro
S. Pedro FC Faro - GD Atalaia
CP Santo Estevão - S. Pedro FC Faro
CF «Os Armacenenses» - S. Pedro FC Faro
S. Pedro FC Faro - CAAF Alte

Classificação3º.
Jogos15
Pontos31
Golos Marcados
50
Golos Sofridos
34
Vitórias
9
Série de ultimos jogos - s/ perder
1
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A equipa de António Gonçalves "SAPALENSE":
Tem feito um campeonato em ascensão mas na ultima jornada teve um precalço, um dos maiores exemplos em como todos os jogos contam e são de grau de dificuldade elevado. Com um calendário complicado, jogando com dois adversários directos em casa destes e um desses jogos é o derby de Vila Real Sto. António. Recebe ainda a equipa da Atalaia.
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O QUE FALTA
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Desp. Sapalense Clube - CDR Pedra Mourinha
CP Santo Estevão - Desp. Sapalense Clube
Desp. Sapalense Clube - CAAF Alte
Casa Benfica VRSA - Desp. Sapalense Clube
Desp. Sapalense Clube - CO Pechão
ACDR Porches - Desp. Sapalense Clube
Desp. Sapalense Clube - GD Atalaia

Classificação – 4º.
Jogos – 15
Pontos – 26
Golos Marcados – 60
Golos Sofridos – 52
Vitórias – 8
Série de ultimos jogos - s/ vencer –
1
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CURIOSIDADES DO CAMPEONATO
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Melhor ataque do campeonato – Putos da Rua – 61 golos
Melhor defesa do campeonato – Sto. Estêvão – 32 golos
Pior ataque do campeonato – Atalaia – 34 golos
Pior defesa do campeonato – Porches – 81 golos
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Luis Barradas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A MINHA VISÃO...

DISTRITAL – 1ª. DIVISÃO
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Num Campeonato de grande emoção e de grande equilíbrio, à entrada para a 15ª. Jornada temos 4 equipas bem colocadas na luta pelo título Algarvio e respectiva ascensão à 3ª. Divisão Nacional.
A “Casa Benfica VRSA”, assumidamente candidata e a fazer um campeonato de grande segurança, com jogadores experientes, e a desenvolver um Futsal de qualidade, chegou ao 1º. Lugar e parece não querer vacilar. Uma equipa muito bem orientada por Fernando Vasques, que sabe o que quer.
Outro dos grandes candidatos é o “Sto. Estêvão”, numa aposta clara num dos treinadores mais experientes do Algarve Tomás Viegas. A equipa tem tido altos e baixos, devido também à inexperiência dos seus jogadores, mas nos últimos jogos encontrou o equilíbrio, conseguindo até algumas goleadas.
O 3º. Candidato é a equipa do “S. Pedro”, todos os anos, renasce esta equipa orientada por Carlos Juliano, fez uma grande primeira volta, sempre na frente do campeonato, mas nas ultimas jornadas quebrou frente a dois directos adversários ao titulo, mas desta equipa tudo se pode esperar, parece ter 7 vidas.
O 4º candidato é a equipa do “Sapalense”, por muitos inicialmente o principal favorito ao titulo Algarvio, por ter sido a equipa que desceu dos nacionais. Com um inicio de campeonato intermitente e a fazer um campeonato de trás para a frente, chegou-se ao topo da tabela e parece querer mostrar que têm que contar com a formação de António Gonçalves.
A 8 jornadas do final do campeonato, encontra-se tudo em aberto, com equipas do meio da tabela a jogarem por fora mas com grande importância para o desfecho do campeonato.
Espero que todos os intervenientes saibam desfrutar deste momento, pelo qual o Futsal Algarvio atravessa, sem questões extras a mancharem o que falta para o término do campeonato.
Para os melhores jogos, ou seja, para os jogos de maior importância, devem ser nomeados os melhores árbitros, e que estes consigam passar despercebidos e que não queiram ser os principais intervenientes no jogo, esses são os jogadores e treinadores.
Para bem da nossa modalidade, para que o Futsal Algarvio evolua temos que ter melhor formação, tanto a nível de jogadores, treinadores, dirigentes e árbitros.
Desejo sorte aos intervenientes.

Luis Barradas

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ENTREVISTA A JULIANO - TREINADOR S. PEDRO

NOME: Carlos Juliano
CURSO TREINADOR FUTSAL: II Nível
ANOS COMO TREINADOR: 6
CLUBES QUE TREINOU: S.Pedro F.C.F.
IDADE: 37 anos

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O Blog vai entrevistar vários treinadores Algarvios de forma a dar a conhecer a forma como trabalham o que pensam e as suas grandes necessidades. Começamos por Carlos Juliano, Treinador do S. Pedro equipa de Faro e actual primeira classificada do Campeonato Distrital da 1ª. Divisão.
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A equipa do S. Pedro é reconhecida pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo destes anos.
Todos os anos consegues montar uma equipa competitiva, mesmo perdendo jogadores importantes.
Há vários anos que lutam pelo título Algarvio e consequentemente a subida aos Nacionais, mas algo corre mal na recta final de cada época.

JULIANO: Em 2005/06 e 2006/07 o S. Pedro terminou em 2º lugar; nas duas épocas seguintes terminou em quarto; em 2005/06 começámos mal e tivemos um segunda volta impressionante, sem derrotas, ficando a um ponto do vencedor mas registando vitórias nos últimos sete jogos onde defrontámos o 1º, o 3º e o quarto classificados; em 2006/07 liderámos durante toda a competição mas fomos prejudicados pelas 16 expulsões ocorridas (disputámos o jogo em Martinlongo, 19ªjornada, com 5 jogadores de campo seniores e um júnior), por factores externos, pela imponderabilidade que sempre acontece no desporto e por alguns erros próprios; estes foram os anos em que tivemos plantéis mais fortes; nos dois anos seguintes conseguimos andar na frente mas não tivemos um plantel suficientemente equilibrado que nos permitisse terminar na frente.

Nas quatro épocas que referi sofremos sempre com a débil estrutura que possuímos que não nos permite controlar da melhor forma os vários factores decisivos para o sucesso como sejam as condições estruturais e humanas, a organização do clube para dentro e para fora e a estabilidade emocional dos jogadores que vão sendo aliciados por outros emblemas ao longo da época; na verdade, as pessoas que trabalham para o clube como o Luis Matias, o Pedro Cláudio, a Laura, o Lopes, o Miguel, os capitães de equipa Óscar, Pinto e Beto, eu próprio e outros pessoas que por cá já passaram, fazemo-lo a título gratuito e de forma não profissional pelo que, não obstante o enorme esforço realizado, os factores críticos de sucesso não são devidamente controlados.
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Que tem corrido mal nos finais de época?
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JULIANO: Os problemas que o clube tem e os factores críticos de sucesso que não controlamos de todo vão-se agravando ciclicamente ao longo da época. Se um jogador não joga por opção do treinador vai aceitar tanto melhor quanto maiores forem as contrapartidas que o clube lhe ofereça; se é aliciado por outro clube é menos vulnerável se se sentir completamente integrado pela estrutura e se tiver alguma compensação financeira; face a este enquadramento, o trabalho do treinador no sentido de ter uma equipa competitiva e disciplinada evitando, simultaneamente, a saída de jogadores, é muito difícil e vai-se tornando mais difícil à medida que a época vai avançando.

Vou dar um exemplo. Para o primeiro jogo da época tive 16 jogadores disponíveis. Entretanto, mais um foi inscrito. Para o próximo jogo com o Stº Estêvão amanhã, entre lesionados, doentes com gripe, ou por outros motivos, a convocatória incorpora 11 jogadores dos quais três eram juniores o ano passado, um está convocado mas “preso por arames”, e dois não jogaram futsal o ano passado. Esta situação poderá manter-se ou agravar-se até final da época porque não sendo remunerados, por vezes os jogadores têm que optar entre o futsal e a sua via privada, familiar ou profissional.


Este é o ano do S. Pedro?

JULIANO: Penso que poderá acontecer uma situação idêntica aos outros anos, os problemas organizativos internos irresolúveis por falta de meios juntamente com determinados factores que não controlamos nem queremos controlar, tornam o título numa miragem. A possibilidade do S.Pedro ser campeão nos juniores femininos é mais real.

Reconstruir todos os anos uma equipa é um grande mérito teu, não é fácil transmitir aos novos atletas rotinas que já foram adquiridas pelos que já estão no clube à algum tempo, qual o segredo?

JULIANO: Este ano foram inicialmente inscritos 17 jogadores. Nenhum jogador tem qualquer remuneração. Dos 17 jogadores, quase 50% não jogaram futsal sénior na época anterior; realizamos apenas 2 treinos por semana; face a este enquadramento, só com a grande ajuda de todos jogadores que transitaram da época anterior, nomeadamente os capitães e os mais experientes, e o auxílio indispensável do Luis Matias e do nosso Presidente Pedro Cláudio, foi possível integrar com alguma eficácia os mais novos nos princípios do clube e no modelo de jogo da equipa. Este processo continua e está longe de terminar.

Um treinador nunca está satisfeito com a equipa que tem, acha sempre que poderia ter outro ou outros jogadores, para ficar mais forte.
Este é o melhor plantel que já tiveste, ou melhor, será esta a equipa mais equilibrada?

JULIANO: As equipas com o conjunto de jogadores mais forte foram as de 2005/06 e 2006/07; a deste ano é forte mas veremos no fim se é a melhor.
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O S. Pedro tem um misto de atletas experientes com alguns jovens, é fácil gerir esta mescla de atletas?

JULIANO: Sim, muito fácil, quando os jovens têm motivação e bons valores.

A maior parte das equipas do Distrital joga em 3x1, muito poucas utilizam o 4x0, será por não terem rotinas / ou não terem o conhecimento ideal para a utilização do 4x0. Digo isto porque, também vejo que quem joga em 3x1, utiliza um pivot móvel que muitas vezes cai numa ala. Será que o pivot está em vias de extinção ou é também uma evolução dessa posição específica?

JULIANO: Mais importante do que o sistema é a dinâmica, as rotinas e os princípios; um bom pivot é útil a qualquer equipa e pode ser utilizado nos dois sistemas; a sua maior ou menor mobilidade dependerá das rotinas da própria equipa e do adversário.

O Campeonato deste ano está muito equilibrado, mas o equilíbrio não é sinónimo de qualidade. Em tua opinião é um campeonato nivelado, mas de qualidade ou por baixo?

JULIANO: Ainda não jogámos com todas as equipas; como em todos os anos, há quatro ou cinco equipas que lutam para o primeiro lugar e outras tantas mais limitadas que não poderão lá chegar; tenho visto poucos jogos não tenho opinião segura.

Quem vê a equipa do S. Pedro, observa uma equipa com princípios de jogo, com rotinas adquiridas, achas que o atleta Algarvio está preparado para trabalhar semanalmente, para aplicar durante o fim-de-semana o conhecimento adquirido?
Pergunto isto porque vejo muitas equipas na 1ª. Divisão Distrital, que não têm essa preocupação, não existe trabalho, é feito tudo no improviso.

JULIANO: Cabe aos treinadores serem exigentes com os seus jogadores no sentido de o jogo ser o reflexo ou um prolongamento do que se faz nos treinos.

Actualmente começa a aparecer o que eu chamo de geração do Futsal, ou seja, atletas que chegam a seniores com formação no Futsal, o que não acontecia há uns anos atrás, porque só vinha para o Futsal quem não tinha sucesso no futebol 11.
Que importância tem para ti a formação do atleta, na nossa modalidade?


JULIANO: É obviamente essencial porque as características do jogador de futsal são muito diferentes das do jogador de futebol 11; esta época temos dois jogadores, um ainda júnior e o outro 1º ano de sénior, que tiveram essa formação e que têm grande facilidade em apreender as rotinas, os métodos de jogo, os princípios, etc.
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A estrutura da equipa do S. Pedro tem sido mais ou menos a mesma ao logo destes anos. Que apoios têm e quais a vossas maiores necessidades?

JULIANO: Apenas temos o apoio da firma Elevis Elevadores que cobre 50% do orçamento anual dos seniores; apoio público financeiro não temos desde há três anos para cá; apenas utilizamos a carrinha de 9 lugares da Junta de Freguesia de S. Pedro. Nada mais.

O projecto e trajecto do S. Pedro, tem sido de grande consistência e equilibrado, temos visto muitas equipas que entraram no Futsal com a ambição de subirem aos nacionais e se não conseguem nos 2 primeiros anos esse projecto acaba. O S. Pedro não vive com a ansiedade e necessidade de se afirmar no panorama nacional e ser mais um?
Parece quererem cimentar estruturas e darem um passo de cada vez, é esse o segredo?


JULIANO: Não recebendo qualquer apoio financeiro para além do referido, não podemos ter grandes ambições a não ser ter uma equipa competitiva, que joguem bem, com valores desportivos e humanos adequados, e que tente acabar cada campeonato o mais acima possível; se alguma vez formos campeões avaliaremos, na altura, os apoios que podem chegar.

Nunca seremos mais um porque somos o S. Pedro.
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A formação num clube é importante, no entanto o S. Pedro este ano não tem escalões de formação, excepto as juniores femininas. É por terem poucos apoios que não investem mais na formação?
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JULIANO: Tivemos três escalões de formação há três época atrás mas desistimos devido às dificuldades financeiras óbvias com que nos deparámos. As juniores femininas são praticamente auto-suficientes porque pagam uma quota anual para poder jogar.

Que análise fazes ao Futsal Algarvio?

JULIANO: Está em evolução e vai continuar a evoluir; seria importante ter uma equipa na 1ª divisão.
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Existem duas divisões nos distritais, parece existir um grande desnível, nas equipas. Os nossos campeonatos estão bem estruturados?
Todos os anos aparecem e desaparecem equipas, isso também não é benéfico.


JULIANO: Presumo que muitas equipas que tiveram a mesma motivação que nós quando começámos têm também depois os mesmos estrangulamentos e, não tendo condições, acabam por desistir.

O S. Pedro é uma equipa de Faro, a capital Algarvia parece este ano querer mostrar que tem potencial. Tem uma equipa nos nacionais, duas na luta pela subida aos nacionais e aparece o Bonjoanenses na segunda divisão distrital. Acreditas que existe espaço para tantas equipas?
A autarquia tem demonstrado interesse em apoiar os clubes em termos de infra-estruturas. Já que só existe 1 pavilhão e todos sabemos as condições que tem.

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JULIANO: Desde que existam jogadores, treinadores e dirigentes com ambição, o limite é aquele que a capacidade humana demonstrar. Se o Bonjoanenses tem ambição de construir um projecto, se foram dadas condições públicas para o desenvolver, não vejo qualquer problema.
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Ao fim de 8 jornadas e com o conhecimento que tens do Distrital, e faltando ainda tanto para o término do mesmo, quem são as equipas que se apresentam em melhores condições para lutarem até ao fim pelo titulo Algarvio?

JULIANO: O Atalaia, A casa do Benfica, o Santo Estevão e o S. Pedro.

Estamos bem representados nos campeonatos nacionais?

JULIANO: Sim.

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Numa sequencia de perguntas e respostas rápidas:

Qual o melhor treinador português?
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JULIANO: Alípio Matos

Qual o melhor treinador Algarvio?

JULIANO: Tomás (actualmente no Stº Estevão)

Qual o melhor jogador português?

JULIANO: Pedro Costa

Qual o melhor jogador Algarvio?

JULIANO: Pedro Cary

Qual a melhor equipa Algarvia?

JULIANO: Albufeira Futsal

Quem vai ser campeão Distrital?

JULIANO: Não sei
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Existe algum jogador algarvio em condições para jogar num grande?

JULIANO: Sim, o Maia do Albufeira Futsal, Mica e Pedrinho do Louletano.

Agradeço a tua disponibilidade e boa sorte para o resto do campeonato.

Luis Barradas