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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

QUE FUTSAL QUEREMOS PARA O ALGARVE...

Numa altura em que o Futsal Algarvio parece querer dar mostras de grande vivacidade, ao apresentar nos Campeonatos Nacionais 7 equipas (2 na 2ª. Divisão Nacional e 5 na 3ª. Divisão Nacional), o contraste não podia ser maior com a realidade dos Distritais.
A meu ver a pirâmidade da estrutura do Futsal Algarvio está invertido. O grande suporte das equipas será sempre a sua formação e os campeonatos distritais, a má organização dos mesmos campeonatos é notório, deixando os responsáveis Algarvios (no meu ponto de vista, os clubes) deixar andar sem nunca se organizarem para debater / organizar e planificar o futuro desta modalidade. A AFA tem responsabilidade, mas a AFA são os clubes, que serão sempre os grandes responsáveis pelas alterações dos regulamentos existentes, os quais regulamentam as respectivas competições. Se queremos equipas a representar o Algarve nos campeonatos nacionais com qualidade, também temos que ter campeonatos bem estruturados no distrital. Senão vejamos, na presente época, por questões várias, que todos têm conhecimento, subiram 6 equipas da 2ª. Divisão Distrital, situação que enfraqueceu a 2ª. Divisão, a qual vai ser disputada com cerca de 6 equipas. As perguntas que faço são:
Que pretendemos deste campeonato?
Quais os objectivos destas equipas?
Em que condições vão chegar estas equipas ao final da época?
É tempo dos responsáveis dos clubes encararem o Futsal de forma séria, para bem da modalidade.
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Luis Coutinho Barradas

quarta-feira, 10 de março de 2010

O FUTSAL ALGARVIO...

O Futsal Algarvio atravessa uma das suas melhores fases desportivas. Os clubes começam a apostar na formação da modalidade, ainda que de forma pouco consistente, e em alguns casos pouco organizada. Ainda se vêm muitos projectos para o imediato e acima de tudo virado para o resultado. O Futsal é uma modalidade muito específica, muito técnica, e se não houver um projecto alicerçado na formação, no trabalho de campo, na vertente técnico / táctica dificilmente se consegue ter sucesso, ainda temos um longo caminho a percorrer, assim queiram os responsáveis pelas instituições, clubes, técnicos e atletas.
O Algarve vive neste momento, nesta presente época uma boa fase, com 5 equipas nos campeonatos nacionais, com o principal campeonato do distrital aberto a 4 equipas, com uma segunda divisão com algum equilíbrio. Nos campeonatos jovens, aparece alguma qualidade no atleta Algarvio, e começamos a ver treinadores com formação “Na Formação”. No Futsal feminino, nota-se uma melhoria clara na qualidade de trabalho das equipas, tanto a nível de seniores como de juniores.
Mas a modalidade é feita de vários agentes. Todos se complementam, desde o dirigente, treinador, atleta e árbitro. O que noto e estou ligado à modalidade à 19 anos, é que houve uma evolução notória no atleta e no treinador, mas no árbitro, parecemos marcar passo. Reconheço que existem alguns bons árbitros no Futsal Algarvio, mas tal como os treinadores e os atletas necessitam de formação e aperfeiçoamento os árbitros não podem fugir a essa regra. Sei a dificuldade que é a angariação de novos árbitros, tenho consciência dessa grande dificuldade, mas por isso só, não podemos recrutar qualquer um para esse papel tão importante. E actualmente existem árbitros de muito má qualidade. Ao contrário do que ouço semanalmente não acredito que os árbitros prejudiquem equipas propositadamente em benefício de outros, o que vejo, isso sim é uma enorme incompetência, de pessoas que desconhecem as regras (quando deveria ser ao contrário), que se querem impor, que utilizam a arrogância e a autoridade que têm naqueles 40 minutos. As regras são claras, não existe espaço para a interpretação ou mudanças consoante o indivíduo que está a arbitrar o jogo. Não se pode transportar, de um jogo para o outro situações anteriores. Sei o quanto difícil é arbitrar um jogo e todas as dificuldades que os árbitros passam. Que a grande maioria tira dinheiro do seu próprio ordenado para suportar as despesas semanalmente, porque o que recebem nem sempre é pago a tempo e horas. Tudo isso é reconhecido, mas as competências não podem ser beliscadas, por motivos terceiros. A quantidade não é sinónimo de qualidade, os agentes responsáveis pelo recrutamento de novos aspirantes a árbitros têm que ser rigorosos. Por necessidade não se pode recrutar só para termos número. É notório que nesta época 2009/2010, muito poucos jogos não tiveram a presença de árbitros. Devem existir acções de formação rigorosas por forma a que os árbitros possam também eles evoluir, que sintam a importância que têm num jogo, sem terem que ser notados. O melhor árbitro é aquele que dirige um jogo sem ser o principal interveniente. ERRAR todos erramos o erro está intrinsecamente ligado ao ser humano. Por ultimo para finalizar, é importante que os responsáveis pelas nomeações ponderem as escolhas que fazem. Todos os jogos são importantes, mas alguns são decisivos no futuro da classificação, tanto a nível de descidas de divisão como na luta pelo título. Todos temos que evoluir. Todos os agentes desportivos devem ponderar qual o seu papel na modalidade. Não podemos semanalmente atirar para cima de terceiros responsabilidades.

Luis Barradas