quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ENTREVISTA A TOMÁS - TREINADOR STO. ESTEVÃO

NOME: Tomás Viegas

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Hoje o grande entrevistado é Tomás Viegas, treinador da equipa do Sto. Estevão, actual 3º Classificado do Distrital da 1ª. Divisão, numa conversa sóbria e demonstrativa do seu grande conhecimento da nossa modalidade.


A equipa do Sto. Estêvão fez uma aquisição de peso, ter um treinador com a experiencia do Tomás é sempre um incentivo para qualquer jogador. Para os adversários o Sto. Estêvão é um dos candidatos ao título Algarvio.


O que podemos esperar deste Sto. Estêvão renovado?

TOMÁS: Em qualquer equipa que está em construção é preciso tempo para que as ideias sejam assimiladas é uma equipa muito jovem que aos poucos vai crescendo, em relação a ser candidato é bom sinal que os adversários reconheçam que existe alguma qualidade mas falta alguma experiencia para poder assim ser considerado no entanto as contas fazem-se no fim do campeonato.

Para um técnico com vários anos de experiência nos Campeonatos Nacionais, que mudanças notou no Distrital?

TOMÁS: Devido a andar vários anos no Nacional não tenho um conhecimento muito profundo do distrital tinha poucas hipóteses de poder acompanhar este campeonato porque quando podia ver alguns jogos como é lógico preferia observar equipas do meu campeonato por isso vi poucos jogos mas tem obrigação de estar melhor a maioria das equipas têm formação e esse é o futuro a modalidade já não é o que era!

O Sto. Estêvão está em 3º. Lugar e para muitos dos adversários é visto como um sério candidato ao Titulo Algarvio, muitos dizem que a mais valia desta equipa é a experiencia do Tomás. Na perspectiva do Tomás tem algum fundo de verdade esta afirmação?

TOMÁS: Em tudo na vida a experiencia ajuda! Eu tento transmitir essa experiência no dia a dia na maneira como treinamos e tentando que eles acreditem naquilo que se treina e nisso estou bastante contente porque eles estão a colaborar.
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Quais as maiores dificuldades que tem sentido neste campeonato? O Sto. Estêvão tem feito um início de campeonato com altos e baixos, ainda está numa fase de adaptação?

TOMÁS: Até aqui tem sido a consolidação de processos o que provoca alguns desequilíbrios e a mentalidade de alguns atletas que devem encarar todos os jogos de uma maneira séria. Jogar no erro tem menos riscos que assumir o controlo do jogo aquilo que os mais experientes conseguem fazer como é uma equipa muito jovem e que se está a habituar a novos processos daí alguns altos e baixos.

A maior parte das equipas do Distrital joga em 3x1, muito poucas utilizam o 4x0, será por não terem rotinas / ou não terem o conhecimento ideal para a utilização do 4x0. Digo isto porque, também vejo que quem joga em 3x1, utiliza um pivot móvel que muitas vezes cai numa ala. Será que o pivot está em vias de extinção ou é também uma evolução dessa posição específica?

TOMÁS: Eu penso que uma equipa deve ter o seu modelo de jogo levando em conta também as características dos seus jogadores por outro lado o 3x1 em termos defensivos dá mais garantias talvez também seja por falta de rotinas porque o distrital é jogado por a maior parte das equipas no erro. Mas penso que no futuro irá ser mais dividido porque a formação se for bem trabalhada vai formar jogadores para os dois sistemas de jogo.
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O Campeonato deste ano está muito equilibrado, mas o equilíbrio não é sinónimo de qualidade. Em sua opinião é um campeonato nivelado, mas de qualidade ou por baixo?

TOMÁS: Não digo que seja mais nivelado por baixo mas todos nós amantes da modalidade temos que fazer com que cada vez seja mais competitivo porque quanto mais competitivo melhor preparadas vão as equipas para o Nacional e mais adeptos certamente irão encher os pavilhões.

O Tomás vem de um clube que aposta claramente na formação e o maior exemplo são os atletas na equipa sénior formados no clube. O Sto. Estêvão está preparado para também começar essa aposta? Que precisa para arrancar com os escalões de formação? Sei que têm uma equipa de escolas.

TOMÁS: O Santo Estêvão tem alguns jogadores que vêm da formação é pena que não existam mais escalões mas o Presidente optou por começar do inicio ou seja por o escalão de escolas o que em termos de equipa sénior terá que durante alguns anos reforçar-se com jogadores formados noutros clubes o que certamente implicará mais custos.

Os projectos muitas vezes carecem dos apoios Institucionais mas cada vez mais de particulares / empresas. Que apoios têm e quais a vossas maiores necessidades?

TOMÁS: Estou há pouco tempo no clube ainda não tenho um conhecimento profundo desses apoios mas sei que não são muitos espero que futuramente seja melhor para que o clube possa dar mais e melhores condições isto está difícil para todos faço votos que melhores dias venham.

Em termos de Autarquia, que apoios têm? Como é a situação em termos de infra-estruturas?

TOMÁS: A autarquia é o grande suporte da modalidade como certamente também o é nos outros clubes em relação a infra-estruturas o pavilhão é municipal temos um problema que é só poder treinar ás 21.30 h. e temos uma sede que essa sim é das melhores do Algarve.
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O Futsal Algarvio está diferente, que análise o Tomás faz?

TOMÁS: Está diferente para melhor espero que evolua cada vez mais em qualidade em infra-estruturas desportivas em arbitragem que apareçam mais valores para que em todos os jogos estejam os três árbitros para evitar que a equipa da casa tenha que arranjar um elemento para a mesa que por vezes não domina bem o controlo do tempo o que por vezes provoca bocas que em nada beneficiam a modalidade espero que os jovens optem por esta modalidade deveras apaixonante bem haja para todos os amantes da modalidade.
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Existem duas divisões nos distritais, parece existir um grande desnível, nas equipas. Os nossos campeonatos estão bem estruturados?
Todos os anos aparecem e desaparecem equipas, isso também não é benéfico.


TOMÁS: Uma divisão só ainda tinha mais desnível assim acho que está correcto as equipas mais fracas descem e sobem as melhores da segunda divisão. Quanto as equipas que aparecem e desaparecem são aqueles que pensam que o futsal ainda é o que era e depois não conseguem os objectivos e acabam esses não fazem falta a modalidade quem faz falta é quem quiser dar continuidade aquilo que os que cá estão tentam fazer ou seja fazer crescer a modalidade apostando na formação.

Ao fim de 9 jornadas e faltando ainda tanto para o término do mesmo, quem são as equipas que se apresentam em melhores condições para lutarem até ao fim pelo titulo Algarvio?

TOMÁS: S. Pedro , Casa Benfica e Atalaia.
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Estamos bem representados nos campeonatos nacionais?

TOMÁS: Acho que sim e espero que no futuro possa ser melhor em quantidade e qualidade.


Numa sequência de perguntas e respostas rápidas:

Qual o melhor treinador português?

TOMÁS: Orlando Duarte

Qual o melhor treinador Algarvio?

TOMÁS: Tacticamente: Xabregas - Mais audaz: Rosa Coutinho

Qual o melhor jogador Português?

TOMÁS: Ricardinho

Qual o melhor jogador Algarvio?

TOMÁS: Pedro Cary

Qual a melhor equipa Algarvia?

TOMÁS: Albufeira futsal

Quem vai ser campeão Distrital?

TOMÁS: É difícil não existe uma equipa muito superior às outras

Existe algum jogador Algarvio em condições para jogar num grande?

TOMÁS: Pedro Cary e Paulinho já jogam ao mais alto nível
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Agradeço a disponibilidade do Tomás.

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Luis Barradas

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