quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ALBUFEIRA FUTSAL vs LOULETANO

A 5 dias de um dos jogos mais interessantes do Futsal Algarvio, entre as duas representantes do nosso distrito, no campeonato Nacional da 2ª. Divisão, ouvimos os dois treinadores, com opiniões muito idênticas. Espera-se um grande jogo de futsal, entre duas das melhores equipas Algarvias.
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Rosa Coutinho
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Que expectativas para este jogo? Têm tido algumas dificuldades para preparar o jogo.

ROSA COUTINHO: As expectativas serão sempre de vitória, embora saibamos que vamos defrontar uma equipa extremamente compacta, com excelentes jogadores, alguns deles que eu conheço bem e que tem uma capacidade extraordinária, aliada ao factor psicológico do excelente campeonato que estão a fazer, mas como tenho o hábito de incutir nas minhas equipas só a vitória, independentemente do adversário os meus jogadores já têm isso enraizado. Depois se ganhamos ou não o jogo o dirá mas o espírito é sempre o mesmo, vitória.
Por incrível que pareça desde o nosso ultimo jogo nos Ismailitas ainda não conseguimos realizar um único treino derivado as condições do pavilhão. Só hoje foi possível fazermos alguma corrida e nada mais porque o pavilhão não estava em condições e nem sabemos se será possível realizar algum treino até ao dia do jogo. Mas esperemos que o tempo melhore para podermos realizar o jogo.

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Depois de um início de época complicado o Albufeira Futsal parece agora começar a dar sinais de recuperação, e este derby Algarvio é mais um incentivo?

ROSA COUTINHO: Para uma equipa que perdeu 14 atletas outra coisa não seria de esperar. Muitos jogadores de futebol de 11, 4 juniores que subiram e vieram encontrar uma realidade completamente diferente, neste momento estamos um pouco melhor, mas continuaremos ainda a ser uma equipa inconstante fruto exactamente disso.
O derby é só mais um jogo e os meus atletas sabem perfeitamente que esse jogo só vale 3 pontos tal como todos os outros e teremos a partir do apito final do arbitro que começar a pensar no próximo jogo que será o mais importante e assim sucessivamente.

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Como se costuma dizer vocês foram ao mercado, os jogadores já estão adaptados à vossa realidade?

ROSA COUTINHO: É complicado mas como disse começam a ter noção de como eu quero que a equipa jogue e também sei que para eles não tem sido fácil, alias o único jogador que fomos buscar já depois do inicio do campeonato, o Luís Fassy ao Independente de Sines ainda tem algumas dificuldades em assimilar o nosso modelo de jogo e estamos a falar de um jovem com 22 anos mas já com experiência de 3ª- e 2ª- divisão Nacional.
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Tens jogadores lesionados?

ROSA COUTINHO: Felizmente não e podemos dentro de algumas semanas contar com o Zezão que esteve parado 16 meses e que nos ismailitas já jogou e espero que dentro de algum tempo já possa contar com ele a 100%. A única baixa que temos foi a saída do Rogério que foi para o Brasil passando de 14 para 13 atletas a constituição do plantel.
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Acreditas que as duas equipas conseguem a manutenção na 2ª Divisão Nacional?

ROSA COUTINHO: Sobre o Louletano, acredito que além da manutenção que não terá dificuldades em assegurar, e embora pense que não se irá intrometer na subida poderá eventualmente lutar por lugares mais cimeiros pelos atletas que constituem o seu plantel e que esta a ser muito bem dirigida pelo seu técnico que não tinha experiencia de 2ª- divisão e por conseguinte têm que ter muito mérito na carreira que a equipa está a realizar.
Quanto ao Albufeira Futsal só temos um único objectivo Manutenção. Sabemos que não será fácil, antes pelo contrário mas também sabemos que será um justo prémio para está equipa por tudo o que temos lutado até aqui, sabendo de antemão que dirijo uma equipa que faz da união a sua grande força, dentro e fora do campo e quando assim é temos que ter esperança porque o trabalho está a ser bem feito e sendo assim estamos mais perto de conseguir os nossos objectivos.
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Paulo Cavaco

Que esperas do Jogo?

PAULO CAVACO: Em primeiro lugar ganhar.
Acho que vai ser um jogo bem disputado, nós temos estado muito bem e o Albufeira Futsal, tem vindo a melhorar.
Mas a motivação para este jogo é redobrada, estamos separados por apenas 3 pontos se eles ganharem ficamos empatados, mas se nós ganharmos continuamos perto dos da frente. Mas um derby é sempre um derby. O nosso objectivo é atingirmos o mais rapidamente a tranquilidade classificativa.

Tens jogadores lesionados?

PAULO CAVACO: Felizmente não. Tenho alguns jogadores que estão numa fase de recuperação, já avançada. Mas tenho todos os jogadores aptos para o jogo.

A convocatória só sai na 5ª. Feira?

PAULO CAVACO: Os jogadores são sempre os primeiros a saber, quem vai jogar.

Acreditas que as duas equipas conseguem a manutenção na 2ª Divisão Nacional?

PAULO CAVACO: Acredito na minha equipa, temos feito um bom trabalho, ainda falta muito campeonato, mas espero fazer uma segunda volta idêntica a este início de época. O Albufeira Futsal está no bom caminho, reforçou-se e é uma equipa experiente. Acredito que sim.

Agradeço a vossa disponibilidade, desejo que seja um bom jogo e que o Futsal Algarvio sai beneficiado.

Luis Barradas

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ALBUFEIRA FUTSAL vs LOULETANO

Os Treinadores do Albufeira Futsal e Louletano, falam ao nosso Blog, lançando o jogo de Domingo à tarde. Rosa Coutinho e Paulo Cavaco disponibilizaram-se para analisar o derby Algarvio.
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Fique atento.
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Luis Barradas

JOGO GRANDE



Um jogo a não perder Domingo dia 3 de Janeiro em Albufeira pelas 17:00 h. Albufeira Futsal e Louletano frente a frente.
11ª jornada do Nacional da 2ª. Divisão.
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.Luis Barradas

SELECÇÃO ALGARVE MASCULINO SUB 21

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Realiza-se amanhã dia 30 de Dezembro pelas 19:15 horas no Pavilhão Mário José em Silves, mais um treino de preparação da Selecção do Algarve Masculinos Sub-21
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Lista de Convocados
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Fábio Coelho, João Felicidade, Diogo Pacheco - Albufeira Futsal
Jorge Moura, Alexandre Rolão - Sonâmbulos F.C.
Igor Sousa, Rúben Ribeiros - A.J.N.A. Inter-Vivos
Gonçalo Direitinho - Louletano D.C.
Flávio Nunes - A. A. Universidade Algarve
Leandro Santos - D. Sapalense Clube
Davide Bandeira - S. Pedro
Manuel Silva - Casa SL Benfica V.R.S.A.
Rui Monteiro - U.A.C. Lagos
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Torneio Inter-Associações “Sub-21” 2009/2010
[Fase Zonal -Zona Sul]
(Lisboa - 8 a 10 de JANEIRO 2010)
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Luis Barradas

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

Numa época de festividades não queria deixar de desejar a todos os amigos, colaboradores e leitores um Feliz Natal.
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Luis Barradas

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

TAÇA DO ALGARVE

O jogo que falta para completar a 2ª. eliminatória da Taça do Algarve entre as equipas do Porches e o Inter-Vivos, está marcado para hoje às 21:30 h. em Lagoa.
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PORCHES- 1 INTER.VIVOS- 9
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Luis Barradas

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SELECÇÃO DO ALGARVE SUB 21


Realiza-se amanhã dia 22 de Dezembro pelas 19:15 horas no Pavilhão Afonso III, mais um treino de preparação da Selecção do Algarve Masculinos Sub-21
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Lista de Convocados
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Jorge Moura, Filipe Ramos, Alexandre Rolão - Sonâmbulos F.C.
Fábio Coelho, João Felicidade, Diogo Pacheco - Albufeira Futsal
Igor Sousa, Rúben Ribeiros - A.J.N.A. Inter-Vivos
Gonçalo Direitinho, Daniel Cruz - Louletano D.C.
Flávio Nunes - A. A. Universidade Algarve
Leandro Santos - D. Sapalense Clube
Davide Bandeira - S. Pedro
Manuel Silva - Casa SL Benfica V.R.S.A.
Rui Monteiro - U.A.C. Lagos
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Torneio Inter-Associações “Sub-21” 2009/2010
[Fase Zonal -Zona Sul]
(Lisboa - 8 a 10 de JANEIRO 2010)
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Luis Barradas

CLASSIFICAÇÕES DOS DISTRITAIS

Clicar no Campeonato que pretende ver

Luis Barradas

ENTREVISTA A VASQUES - TREINADOR CASA BENFICA VRSA


NOME: Fernando Vasques
CURSO TREINADOR FUTSAL: II Nível
ANOS COMO TREINADOR: 3 (seniores Casa Benfica) já tinha 3 em formação no Sapalense
CLUBES QUE TREINOU: Sapalense (iniciados e juvenis) e Casa Benfica VRSA (seniores)
IDADE: 38
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O Segundo convidado do Blog é Fernando Vasques, treinador da Casa do Benfica de VRSA, actual 2º. Classificado do Distrital da 1ª. Divisão.
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A equipa da Casa do Benfica de VRSA, apareceu no Futsal muito recentemente e logo no primeiro ano de competição ascendeu à primeira divisão distrital. No primeiro ano no campeonato principal Algarvio, teve algumas dificuldades, mas este ano parece ser um sério candidato ao título Algarvio.
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Será mesmo assim? A Casa do Benfica VRSA, é realmente candidata ao título Algarvio e subida aos Nacionais?
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VASQUES: Candidatos é certo que queremos ser, no entanto, quase todas as equipas têm ambição de ser candidatas. Tentei organizar um plantel forte que oferecesse garantias do que pretendo, o mesmo fiz o ano passado, no entanto, existiram alguns problemas no plantel, alguns atletas acabaram por tentar prejudicar o grupo em beneficio próprio, e certamente que a minha inexperiência deixou os problemas rolarem, pois para não ter mão pesada para ninguém, tentei sempre solucionar esses problemas com o coração, pois todos os atletas eram supostamente meus “amigos” e não consegui. Senti-me traído e tentarei não cair mais nesse erro. A direcção da secção de futsal da nossa equipa e alguns dos jogadores que ficaram colaboraram imenso nessa recuperação de força psicológica e algumas conversas que tive com um amigo que conheci no curso de II nível, o Carlos Juliano, treinador do S. Pedro, que tinha com ele a experiencia já de alguns anos, penso que foram a maior ajuda nesses tempos complicados.
Por isso e como eu costumo dizer sempre, tanto aos jogadores como à direcção como a toda a gente, o nosso objectivo é claramente andar o mais próximo possível do topo da tabela e isso depende da capacidade que formos demonstrando.

Que diferenças encontraste da Segunda para a Primeira divisão?
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VASQUES: Para ser sincero e ao contrário do que a maioria das pessoas fala, penso que a segunda divisão está a melhorar muito, as equipas já tentam apenas jogar futsal e em algumas delas já existe formação, além disso, há cada vez mais jogadores que vão sendo formados em diversos clubes, e agora já se vêm atletas apenas com formação do futsal, deixando para trás a norma de que para o futsal apenas vinham os atletas que não jogavam nas equipas de futebol de 11 e os treinadores formados também vão ajudando, incutindo pormenores futsalisticos nos atletas. A nossa passagem na segunda divisão não foi fácil, equipas como a Atalaia, os Armacenenses, o Alte e o Padernense estavam em níveis muito igualados e fortes. O problema depara-se com projectos demasiado em cima do joelho, e dai as diversas desistências de equipas todos os anos. Existem dois factores que podem ajudar esta evolução do futsal algarvio dos últimos anos, a entrada de equipas como o Olhanense, Lusitano, Louletano, Silves, etc. ou seja equipas de nome feito que possam sustentar projectos e que tenham adeptos; outra solução que tem de ser melhor pensada é a entrada com uma equipa sénior sem ter escalões de formação que ofereçam sustentabilidade própria com o passar dos anos e por isso, ao aparecerem as primeiras contrariedades, desistem.
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O ano passado foi um ano de aprendizagem e de conhecimento das equipas adversárias, quais as dificuldades que sentiste na época passada?
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VASQUES: As maiores dificuldades depararam-se com alguns elementos do plantel que não souberam aceitar a entrada de novos atletas que lhes retirava protagonismo, por isso este ano tive bastante mais cuidado na formação do plantel. Até ao momento estou satisfeito com o desenrolar da temporada, espero que assim continue. Os pequenos focos de possível problema que houve este ano foram bem controlados, naturalmente com a colaboração de todos os atletas. A entrada de alguns jogadores experientes ofereceu-me esse controlo.
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Vila Real sempre foi terra de Futsal, sempre teve boas equipas e excelentes atletas, continua a ser assim?
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VASQUES: Continua claramente a ser assim, existe muita escolha, a grande maioria dessa escolha tem formação do futebol, principalmente do Lusitano, no entanto a grande tradição “Maratonistica” de torneios de verão, oferece a esses jogadores o gosto pela modalidade. A qualidade individual está presente num grande número de atletas da zona, equipas como a Casa do Benfica, o Sapalense e os Putos da Rua (Castro Marim) usufruem e têm usufruído ao longo dos anos desses mesmos atletas e alem dos que estão em activo neste momento, muitos estão de fora esperando uma possibilidade ou uma oportunidade. Esta temporada ouviram-se boatos de equipas a tentarem aparecer para o futsal: Nucleo do Sporting de VRSA, Sociedade Cacelense e o Clube Junqueira (Castro Marim), e na minha opinião, alguma delas deveria ter-se jogado à frente. Faço minhas umas palavras do Carlos Juliano: “Desde que existam jogadores, treinadores e dirigentes com ambição, o limite é aquele que a capacidade humana demonstrar”.
Neste momento a Casa Benfica VRSA está a trabalhar com juniores e juvenis, o Sapalense apenas com juniores, mas estes jogadores não são todos aproveitados, como é natural, e então, esse aproveitamento pode ser feito por estas novas equipas dando assim seguimento ao trabalho de futsal que é feito com eles.

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Com a descida da equipa do Sapalense aos distritais, a Vila tem duas equipas com grandes pretensões ao título, achas que existe espaço para os dois clubes?
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VASQUES: Naturalmente que sim, a oferta aqui é grande e a paixão pela modalidade também. A autarquia no inicio esteve renitente, no entanto logo de seguida apoiou o projecto. O feedback do público tem sido extraordinário desde que começamos, as assistências aos jogos da Casa do Benfica fizeram lembrar à cidade as grandes enchentes do pavilhão da década de 80, com jogos de andebol, voleibol e basquetebol, tem sido bonito.
A inauguração do pavilhão de Cacela, a nova nave de Vila Real está para este próximo ano e fala-se de mais dois pavilhões no concelho, penso que existirá ainda espaço para mais outra equipa, talvez não na cidade, mas sim no concelho.
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A maior parte das equipas do Distrital joga em 3x1, muito poucas utilizam o 4x0, será por não terem rotinas / ou não terem o conhecimento ideal para a utilização do 4x0. Digo isto porque, também vejo que quem joga em 3x1, utiliza um pivot móvel que muitas vezes cai numa ala. Será que o pivot está em vias de extinção ou é também uma evolução dessa posição específica?
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VASQUES: Eu tenho uma opinião minha sobre o assunto, penso que mais que em vias de extinção, o pivô nacional está praticamente extinto, não como evolução da posição mas porque em Portugal perdeu-se o hábito de jogar com essa posição especifica, houve um pouco como retrocesso, e a grande prova disso é que hoje o único bom pivô Português que temos é o Cardinal, no entanto parece-me que a utilização do 4x0 está a perder de novo para novas ideias e novas variantes do 3x1. Aparecem agora muitas equipas a utilizar 1x2x1 ou 1x1x2, etc. Nas equipas também já voltou a aparecer os pivôs, que naturalmente são bastante mais evoluídos e versáteis que os “antigos” pivôs mas voltaram a ser peças básicas nas movimentações ofensivas das equipas.
Será pois uma questão de trabalho e algum tempo para essas ideias serem colocadas em prática também no distrital. Não tenho dúvida que o Betão, o César Paulo ou o Cardinal, por exemplo fariam um jeitão à Casa do Benfica VRSA ou a qualquer outra equipa do distrital, as rotinas apareciam certamente.

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O Campeonato deste ano está muito equilibrado, mas o equilíbrio não é sinónimo de qualidade. Em tua opinião é um campeonato nivelado, mas de qualidade ou por baixo?
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VASQUES: Já tenho falado com vários treinadores, jogadores, seguidores e adeptos, existem diversas opiniões, mas todas revelam bastante igualdade e qualidade. Pessoalmente considero o mais forte distrital de sempre, nota-se o trabalho dos treinadores, quase todos com cursos, não que os cursos ofereçam qualidades extras, mas as ideias, o trabalho e o aparecimento de pormenores futsalisticos, assim como o grande número de jogadores com formação de futsal que actuam na maioria das equipas confere-lhes essas mesmas qualidades. Quase todas as equipas do campeonato são quase como que candidatas e se uma equipa não estiver a bom nível certamente não vencerá esse jogo, todos os jogos são cada vez mais difíceis e os resultados bastante nivelados. Se olharmos para a classificação momentânea após estes 9 jogos deparamo-nos por exemplo com os Armacenenses, uma muito boa equipa, em 9º lugar e no entanto venceu a Casa do Benfica, actual 2º classificado e empatou com a Atalaia, outro dos grandes candidatos, etc. E penso também que a segunda divisão está com um bom nível, existe um bom trabalho em algumas equipas, conheço ligeiramente o que se está fazendo no Fuseta, com o Fausto e no Silves com o Pedro Guerreiro e são equipas que certamente querem estar na 1ª divisão na próxima época e no entanto não estão lançadas na classificação, têm o Carvoeirense e o CP Messines e os Olhos D’Água entre eles.
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Tens uma equipa com jogadores experientes e alguns jovens, é fácil gerir um plantel assim?
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VASQUES: Esta temporada tem sido fácil no que respeita à pergunta, não há dúvida que os jogadores mais experientes que fomos buscar têm tido uma atitude excelente, o exemplo de um atleta como o Luís Carlos, com 35 anos é fenomenal, um trabalhador de equipa extraordinário e isso cativa muitíssimo os mais jovens. Outros “experientes” que temos são até atletas jovens e podem assegurar o futuro da modalidade no clube.
O difícil tem sido gerir em relação a treinos, até à última semana nunca tivemos os 6 ou 7 principais jogadores todos aptos simultaneamente e isso prejudicou-nos principalmente na parte táctica e nas jogadas de estratégia. Vamos ver se essa onda de lesões passa e podemos tentar melhorar nesses aspectos, que serão muito importantes para o que resta de temporada.
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A Casa do Benfica, tem escalões de formação, parece apostada em querer cimentar a sua formação, nota-se para quem está no exterior que não é fácil. Será uma batalha que irão travar, manter esses escalões, para que a equipa sénior comece a receber gradualmente atletas formados na casa?

VASQUES: Foi desde o início um grande objectivo pessoal, o Jorge Nogueira e o César Costa, juntamente com o Prof. Júlio Seabra, que esta temporada não pode estar connosco, sempre apoiaram essa iniciativa e têm sido trabalhadores incansáveis nessa batalha. O termos começado com uma equipa sénior dificulta o trabalho de base, então no segundo ano de existência forçamos o aparecimento de dois escalões de formação, juniores e juvenis. Este ano a direcção fez um esforço enorme para melhorar as condições de trabalho das 3 equipas, equipamentos, bolas, fatos - treino, sapatilhas, etc, esse esforço fez com que atrasássemos este grande objectivo que é a entrada de mais escalões de formação. O ano passado também não conseguimos colaborar com uma equipa feminina que nos solicitou essa ajuda. Vamos ver o futuro. Uma coisa é certa, estamos neste momento com cinco treinadores com curso inscritos, mais um que este ano pediu descanso por motivos pessoais, outro em negociações e 3 adjuntos (colaboradores) que não têm curso mas que trabalham connosco.

A vossa estrutura parece reduzida, mas empenhada. Que apoios têm e quais a vossas maiores necessidades?
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VASQUES: É certo que entre eu, o Jorge e o César fazemos quase tudo, deixamos a pele e o cabelo, como se costuma dizer, mas, a nível de treinadores e colaboradores, não nos queixamos, no entanto a qualidade interessa sempre e estamos atentos. A Casa do Benfica de Vila Real de Santo António é uma colectividade com cerca de 500 sócios, temos massa humana para nos apoiar, no entanto quando chega a parte do trabalho e da dedicação, poucos abdicam do laser e do bem-estar individual, e “não têm tempo” para colaborar, essas carolices é o que realmente as equipas sentem necessidade de modo a poderem-se dividir tarefas e não sobrecarregar e não saturar os poucos que se dedicam. Esse é um mal não só da nossa equipa mas talvez de todas ou quase todas.
A autarquia é um dos suportes e algumas firmas que nos ajudam são o resto, mas esta temporada a crise chegou e vários apoios foram cortados, o que nos dificulta bastante a organização, principalmente porque o nosso grande objectivo é oferecer boas condições a todos os atletas, e quem anda nestas lides sabe bem que tudo custa muito dinheiro, fisioterapias, inspecções, inscrições, arbitragens, policiamento, etc.

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Em termos de Autarquia, que apoios têm? Como é a situação em termos de infra-estruturas?
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VASQUES: A autarquia é a grande colaboradora e incentivadora do desporto no concelho, não costumam falhar, gostaria sim que estivessem mais presentes, assistindo e querendo saber realmente como se utilizam os subsídios.
Com as infra-estruturas foi uma luta terrível, a nossa perseverança quase os “obrigou” a que fossemos aceites. No primeiro ano não tínhamos espaços de treino, no segundo era um treino por semana. O aparecimento do Pavilhão em Cacela abriu-nos as portas de entrada, pois obtivemos vários espaços de treino para as 3 equipas e esta temporada fomos incluídos em igualdade de circunstâncias com as outras equipas e modalidades. Foi uma grande vitória e um reconhecimento dos
responsáveis autárquicos ao nosso trabalho. Espero que a saibamos desfrutar e devolver com trabalho e dedicação esta oportunidade que nos deram, é um desafio, pois continuam a existir detractores que não querem ver os subsídios dividido por interesses pessoais, são no entanto muito poucos e são pessoas que com as suas atitudes têm perdido constantemente credibilidade junto da opinião publica e dos responsáveis autárquicos.
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Muitas equipas apresentam projectos de 2 ou 3 anos e se não conseguem os objectivos traçados nesse espaço de tempo, acabam. Acreditas que tal não acontecerá com o vosso clube?
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VASQUES: Acredito e assim o desejo. O ter forçado a entrada dos escalões de formação foi o grande objectivo de modo a não estarmos dependentes desse tal projecto de 2 ou 3 anos que existiria para a equipa sénior.
Temo-nos esforçado muito nesse âmbito, de modo a deixarmos os alicerces fortes para termos seguimento. Esta colectividade está muito bem posta na nossa terra, está bem gerida e o futsal, juntamente com o ciclo turismo e o BTT oferecem algumas coisas aos seus associados, de outro modo esta sede apenas existiria para assistirem aos jogos do Benfica, e é natural que os sócios queiram mais do que isso. Eu tenho defendido muito o aparecimento de novas modalidades para o clube e existem algumas negociações com esse objectivo. A presidente, Drª Maria João, uma mulher de armas, tem trabalhado bem, espero que assim prossiga.
Hoje somos cerca de 100 atletas inscritos neste clube, gostaria que a curto prazo esse número triplicasse.

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É fácil viver com a crítica? Quando se vê que muitas pessoas que nada fazem pela terra onde vivem e pelos clubes são os primeiros a criticar e quando vemos que tens feito um trabalho notável para dignificares o Futsal o clube que representas e a terra?
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VASQUES: Tocaste na tecla certa. É o meu grande defeito, chateia-me a critica destrutiva, deixa-me triste muito mais quando essas criticas normalmente saem de indivíduos que nada produzem para a sociedade ou que nada fazem para ajudar o próximo, até aqui tudo bem, mas quando a critica vem de forma ofensiva, principalmente em relação aos jogadores e mais principalmente ainda quando é com os mais jovens, não consigo não replicar, pedindo justificações e não permitindo que tal volte a acontecer.
Tive alguns problemas na minha página e tive de enfrentar uns quantos idiotas que resolveram deitar a baixo um miúdo dos nossos escalões de formação, naturalmente escondiam-se em comentários anónimos, mas os que eu contestava desapareciam, acabei por retirar a possibilidade de comentários para evitar essas situações que sem duvida entristecem-me.

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Que análise fazes ao Futsal Algarvio?
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VASQUES: Está a melhorar gradualmente, temos de ter a plena consciência que estamos longe dos grandes centros e esta evolução tem de ser feita com calma. Se tudo continuar neste andamento, num prazo de 4 a 6 anos teremos o grande salto do futsal no Algarve, isto porque aí as equipas estarão quase totalmente recheadas de elementos com formação absoluta ou quase absoluta em futsal e poderemos ter uma representação nos campeonatos nacionais ainda mais forte. O estarmos longe dos centros prejudica uma evolução mais rápida de jogadores pois a possibilidade de representarem outros clubes por exemplo de primeira divisão, não é fácil estando a esta distância, e isso traria experiencias e conhecimentos que acelerariam este desenvolvimento.
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Existem duas divisões nos distritais, parece existir um grande desnível, nas equipas. Os nossos campeonatos estão bem estruturados?
Todos os anos aparecem e desaparecem equipas, isso também não é benéfico.
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VASQUES: É verdade que existe algum desnível, este ano na primeira divisão as equipas que têm tido mais dificuldades foram as que subiram, não há dúvida, no entanto as diferenças não são tão grandes como mostra a classificação e possivelmente a falta de experiencia ou maturidade e a falta de habituação ao campeonato têm-lhes retirado alguns pontos. Certamente estarão algo mais fortes nesta segunda metade do campeonato. No entanto, se os projectos não terminarem e apostarem na formação, vão colher resultados com o desenrolar dos anos. Tem que se ter os pés bem assentes no chão, fazer projectos e trabalhar neles, na distrital apenas sobe uma equipa e se as outras desistissem nunca mais a evolução tinha lugar. O melhoramento dos projectos e a sua adaptação às realidades ajudará o futsal a subir algum patamar.
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Ao fim de 9 jornadas e com o conhecimento que tens do Distrital, e faltando ainda tanto para o término do mesmo, quem são as equipas que se apresentam em melhores condições para lutarem até ao fim pelo titulo Algarvio?
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VASQUES: Considero que principais candidatos não existem neste campeonato, pois há várias equipas em níveis idênticos.
O S. Pedro e a Atalaia são fortíssimos, estão bem orientados e pareceram-me as equipas mais temíveis. O Sapalense é uma boa equipa, a experiencia de vários anos nos nacionais pode ser relevante, mas tem tido alguns percalços, não está fora da luta. Centro Alte, Putos da Rua e Armacenenses têm boas equipas, podem vencer qualquer um mas falta-lhes algo para aparecerem na luta pelo título, estarão seguramente sempre com uma boa classificação. Pedra Mourinha e Santo Estêvão são os nossos próximos adversários, não tenho ainda opinião clara, no entanto a equipa orientada pelo Tomás parece ser outra das candidatas, a experiencia do seu treinador será talvez a principal arma da equipa, e a Pedra Mourinha tem o factor campo que também joga muito a seu favor. Certamente serão equipas muito bem classificadas no final. O Lagos, o Pechão e o Porches ainda não têm estatuto de lutar pelos lugares cimeiros da tabela, mas são equipas que melhorarão com o decorrer do campeonato e se conseguirem aproximar-se do pelotão, a luta pela subida será tão árdua como a luta pela descida de divisão.
Neste momento considero que a Casa do Benfica está também com possibilidades de ficar no grupo da frente, queremos e trabalhamos para isso.

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Estamos bem representados nos campeonatos nacionais?
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VASQUES: Penso que sim, não se pode exigir mais, foi pena a descida do Sapalense, neste momento, duas equipas na segunda divisão e quatro na terceira seria o ideal para tentarmos daqui por 2 anos ter 3 na segunda e 5 ou 6 na terceira. Seria esta a prova da evolução da modalidade no Algarve. A primeira divisão seria ainda um passo que não poderíamos sustentar e talvez trouxesse consequências terríveis para todos. Importante seria mais 2 ou 3 jogadores terem a possibilidade de ir jogar e se afirmarem na primeira divisão, como foi o caso do Pedro Cary e do Paulinho.
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Numa sequência de perguntas e respostas rápidas:

Qual o melhor treinador português?
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VASQUES: Paulo Fernandes
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Qual o melhor treinador Algarvio?
VASQUES: É difícil, talvez o Rosa Coutinho, pela experiencia de vários anos na 2ª divisão. (desculpa não ser resposta rápida)
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Qual o melhor jogador português?
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VASQUES: Pedro Costa

Qual o melhor jogador Algarvio?
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VASQUES: Pedro Cary
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Qual a melhor equipa Algarvia?
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VASQUES: Albufeira Futsal e Louletano
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Quem vai ser campeão Distrital?
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VASQUES: Espero que nenhuma das 11 equipas que temos de defrontar.
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Existe algum jogador algarvio em condições para jogar num grande?
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VASQUES: Num grande é difícil, mas a primeira divisão não são só os grandes. Vários jogadores têm qualidades para a primeira e para a segunda divisões, estamos muito longe deles e isso é uma barreira que nos prejudica.
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Obrigado grande abraço

VASQUES: Agradeço eu também, muita sorte para ti e para a tua página, sentimos a tua falta durante o interregno que fizeste.
Festas felizes. Bom Natal e bom ano novo para todos.
Um abraço
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Luis Barradas

CLASSIFICAÇÃO - SÉNIORES 1ª. DIVISÃO


CLASSIFICAÇÃO - SÉNIORES 2ª. DIVISÃO


CLASSIFICAÇÃO - SÉNIORES FEMININOS


CLASSIFICAÇÃO - JUNIORES


No jogo entre as equipas do SAPALENSE- 2 ALJEZURENSE- 1
(Faltam jogar 29 mn. corridos devido ao mau estado do piso)

CLASSIFICAÇÃO - JUNIORES FEMININOS


CLASSIFICAÇÃO - JUVENIS


CLASSIFICAÇÕES - INICIADOS


CLASSIFICAÇÃO - INFANTIS


CLASSIFICAÇÕES - ESCOLAS


sábado, 19 de dezembro de 2009

DESTAQUES

Clicar no tópico para ver o que lhe interessa:
Fim de semana em destaque

Luis Barradas

DISTRITAIS

Agradeço a quem queira colaborar com o blog e queira enviar resultados e/ou noticias dos vossos clubes, podem fazê-lo para o e-mail futsal-luisbarradas@sapo.pt.
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I DIVISÃO

SÉNIORES

9ª. Jornada

18/12/2009

21:00 h.CENTRO ALTE- 1 PEDRA MOURINHA- 5
Árbitros:
Carlos Cabecinha / Ruben Guerreiro

21:30 h.CASA BENFICA VRSA- 7 UNIÃO LAGOS- 3
Árbitros:
Nuno Guerreiro / Pedro Cruz

21:30 h.S. PEDRO- 1 STO. ESTEVÃO- 5
Árbitros:
Ivo Luz / Rui Pinto

19/12/2009

16:00 h.ORIENTAL PECHÃO- 3 SAPALENSE- 6
Árbitros: Ricardo Capinha / Abílio Santos

17:00 h.ATALAIA- 1 OS ARMACENENSES- 1
Árbitros: Carlos Cabecinha / José Valério

21:00 h.PORCHES- 6 PUTOS DA RUA- 6
Árbitros: Humberto Pereira / José Rodrigues


II DIVISÃO

SÉNIORES

7ª. Jornada

19/12/2009

17:00 h.GEJUPCE- 6 FUSETA- 6
Árbitros: Joaquim Fernando / Bruno Lourenço

18:00 h.SILVES- 9 COVIL DRAGÃO QUARTEIRA- 4
Árbitros: Orlando Caracol / José Jesus

19:00 h.TUNES- 6 OS BONJOANENSES- 2
Árbitros: Paulo Correia / Paulo Guerreiro / Diogo Gomes
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19:00 h. - OLHOS D'ÁGUA- 4 MESSINES- 7

Descansa: CARVOEIRENSE


JUNIORES

12ª. Jornada

19/12/2009

15:00 h.SONÂMBULOS- 4 ALBUFEIRA FUTSAL- 7
Árbitros: Fernando Sousa / Carlos Leandro

15:00 h.GEJUPCE- 7 LOULETANO- 4
Árbitros: Bruno Lourenço / Joaquim Fernando

18:30 h.PEDRA MOURINHA- 4 1º. JANEIRO- 3
Árbitros: Octávio Gonçalves / Marco Vieira

19:00 h.SAMBRAZENSE- 5 CENTRO ALTE- 5
Árbitros: Diogo Poeira / Filipe Pereira

20/12/2009

19:00 h.SAPALENSE- 2 ALJEZURENSE- 1
(Faltam jogar 29 mn. corridos devido ao mau estado do piso)
Árbitros: Ivo Luz / Pedro Cruz

Jogo adiado para 2010

PADERNENSE- CASA DO BENFICA VRSA-


JUVENIS

8ª. Jornada

16/12/2009

20:00 h.TUNES- 0 GEJUPCE- 6
Árbitros:
Bruno Lourenço / Joaquim Fernando

19/12/2009

15:00 h.OLHOS D’ÁGUA- SONAMBULOS-
Árbitro: Hugo Viegas

17:00 h.CASA DO BENFICA VRSA- 2 PEDRA MOURINHA- 3
Árbitros: Fernando Sousa / Carlos Leandro

20/12/2009

11:00 h.ALBUFEIRA FUTSAL- 2 MONCHIQUENSE- 3
Árbitro: Octávio Gonçalves


INICIADOS

7ª. Jornada

19/12/2009

10:30 h.SONÂMBULOS- 14 BELLAVISTA- 0
Árbitros: Carlos Leandro / Micael Oliveira

11:00 h.1º JANEIRO- 0 JOGRAIS A. ALEIXO- 15
Árbitro: Hugo Viegas

15:00 h.CENTRO ALTE- 1 ALBUFEIRA FUTSAL- 6
Árbitro: Hugo Viegas

19:00 h.GEJUPCE- 3 LAGOS E BENFICA- 8
Árbitros: Bruno Lourenço / Joaquim Fernando

20/12/2009

11:30 h.TUNES- 12 ORIENTAL PECHÃO- 2
Árbitro: Joaquim Fernando

Descansa: PEDRA MOURINHA


INFANTIS

6ª. Jornada

19/12/2009

16:00 h.1º JANEIRO- SONÂMBULOS-
Árbitro: Ivo Luz

18:00 h.INTER-VIVOS- JOGRAIS A. ALEIXO-
Árbitro: Ivo Luz

20/12/2009

10:00 h.BOAVISTA- LAGOS E BENFICA-
Árbitro: José Jesus

10:00 h.GEJUPCE- TUNES-
Árbitro: Bruno Lourenço

Descansa: PEDRA MOURINHA

Jogo em atraso da 2ª. Jornada

22/12/2009

20:00 h.INTER-VIVOS- SONAMBULOS-
Árbitros: Pedro Cruz


ESCOLAS

6ª. Jornada

SONÂMBULOS- 3 BOAVISTA- 3
Jogo antecipado

20/12/2009

11:30 h.GEJUPCE- JOGRAIS A. ALEIXO-
Árbitro: Bruno Lourenço

15:00 h.LAGOS E BENFICA- STO. ESTEVÃO-
Árbitro: Bruno Lourenço

15:00 h.PEDRA MOURINHA- TUNES-
Árbitro: Orlando Caracol

Descansa: SAMBRAZENSE

Jogo antecipado da 11ª. Jornada

16/12/2009

SAMBRAZENSE- STO. ESTEVÃO-


FEMININOS

SÉNIORES

8ª. Jornada

19/12/2009

19:00 h.CHE-LAGOENSE- 11 ALBUFEIRA FUTSAL- 0
Árbitros: José Rodrigues / Humberto Pereira

21:00 h.OS ARMACENENSES- 3 PADERNENSE C.- 6
Árbitros: Paulo Guerreiro / Diogo Gomes / Paulo Correia

20/12/2009

15:00 h.MACHADOS- PUTOS DA RUA-
Árbitros: Filipe Pereira / Diogo Poeira

Descansa: CENTRO ALTE
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Luis Barradas

NACIONAL 3ª. DIVISÃO

3ª. DIVISÃO NACIONAL

11ª. Jornada

19/12/2009

16:00 h.INTER-VIVOS- 7 UNIÃO PRAIENSE- 5

16:00 h.1º. MAIO- 0 MARITIMO- 6

17:00 h.BARÓNIA- 2 OS TORPEDOS- 6

17:00 h.VIANA DO ALENTEJO- 4 PIEDENSE- 6

17:00 h.SONÂMBULOS- 3 OPERÁRIO- 3

19:00 h.UNIVERSIDADE ALGARVE- 2 UPVN- 3

21:00 h.INDEPENDENTES SINES- LEÕES PORTO SALVO-

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Luis Barradas

NACIONAL 2ª. DIVISÃO

2ª. DIVISÃO NACIONAL

10ª. Jornada

19/12/2009

17:00 h.LOULETANO- 4 SASSOEIROS- 1

17:30 h.SACAVENENSE- 5 LAMEIRINHAS- 3

18:00 h.VITÓRIA OLIVAIS- 6 AMSAC- 3

18:00 h.NS TIRES- 3 AMARENSE- 1

18:30 h.LOURES- 3 PORTELA- 0

18:30 h.ISMAILITAS- 1 ALBUFEIRA FUTSAL- 4

20/12/2009

17:00 h.FABRIL BARREIRO- ACADÉMICA COIMBRA-

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Luis Barradas

NACIONAL 1ª. DIVISÃO

1ª. DIVISÃO NACIONAL

15ª. Jornada

19/12/2009

15:00 h.OLIVAIS- 6 BOTICAS-
5
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15:05 h.SPORTING- 3 FUNDAÇÃO J. ANTUNES- 1

17:00 h.ONZE UNIDOS- 1 BELENENSES- 6

17:00 h.FUNDÃO- 2 ALPENDORADA- 2

17:30 h.INSTITUTO D. JOÃO V- 7 VILA VERDE-
3
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18:00 h.AAUTAD- 3 MOGADOURO- 5
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20/12/2009
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16:00 h.BENFICA- FREIXIEIRO-


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Luis Barradas

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ENTREVISTA A JULIANO - TREINADOR S. PEDRO

NOME: Carlos Juliano
CURSO TREINADOR FUTSAL: II Nível
ANOS COMO TREINADOR: 6
CLUBES QUE TREINOU: S.Pedro F.C.F.
IDADE: 37 anos

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O Blog vai entrevistar vários treinadores Algarvios de forma a dar a conhecer a forma como trabalham o que pensam e as suas grandes necessidades. Começamos por Carlos Juliano, Treinador do S. Pedro equipa de Faro e actual primeira classificada do Campeonato Distrital da 1ª. Divisão.
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A equipa do S. Pedro é reconhecida pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo destes anos.
Todos os anos consegues montar uma equipa competitiva, mesmo perdendo jogadores importantes.
Há vários anos que lutam pelo título Algarvio e consequentemente a subida aos Nacionais, mas algo corre mal na recta final de cada época.

JULIANO: Em 2005/06 e 2006/07 o S. Pedro terminou em 2º lugar; nas duas épocas seguintes terminou em quarto; em 2005/06 começámos mal e tivemos um segunda volta impressionante, sem derrotas, ficando a um ponto do vencedor mas registando vitórias nos últimos sete jogos onde defrontámos o 1º, o 3º e o quarto classificados; em 2006/07 liderámos durante toda a competição mas fomos prejudicados pelas 16 expulsões ocorridas (disputámos o jogo em Martinlongo, 19ªjornada, com 5 jogadores de campo seniores e um júnior), por factores externos, pela imponderabilidade que sempre acontece no desporto e por alguns erros próprios; estes foram os anos em que tivemos plantéis mais fortes; nos dois anos seguintes conseguimos andar na frente mas não tivemos um plantel suficientemente equilibrado que nos permitisse terminar na frente.

Nas quatro épocas que referi sofremos sempre com a débil estrutura que possuímos que não nos permite controlar da melhor forma os vários factores decisivos para o sucesso como sejam as condições estruturais e humanas, a organização do clube para dentro e para fora e a estabilidade emocional dos jogadores que vão sendo aliciados por outros emblemas ao longo da época; na verdade, as pessoas que trabalham para o clube como o Luis Matias, o Pedro Cláudio, a Laura, o Lopes, o Miguel, os capitães de equipa Óscar, Pinto e Beto, eu próprio e outros pessoas que por cá já passaram, fazemo-lo a título gratuito e de forma não profissional pelo que, não obstante o enorme esforço realizado, os factores críticos de sucesso não são devidamente controlados.
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Que tem corrido mal nos finais de época?
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JULIANO: Os problemas que o clube tem e os factores críticos de sucesso que não controlamos de todo vão-se agravando ciclicamente ao longo da época. Se um jogador não joga por opção do treinador vai aceitar tanto melhor quanto maiores forem as contrapartidas que o clube lhe ofereça; se é aliciado por outro clube é menos vulnerável se se sentir completamente integrado pela estrutura e se tiver alguma compensação financeira; face a este enquadramento, o trabalho do treinador no sentido de ter uma equipa competitiva e disciplinada evitando, simultaneamente, a saída de jogadores, é muito difícil e vai-se tornando mais difícil à medida que a época vai avançando.

Vou dar um exemplo. Para o primeiro jogo da época tive 16 jogadores disponíveis. Entretanto, mais um foi inscrito. Para o próximo jogo com o Stº Estêvão amanhã, entre lesionados, doentes com gripe, ou por outros motivos, a convocatória incorpora 11 jogadores dos quais três eram juniores o ano passado, um está convocado mas “preso por arames”, e dois não jogaram futsal o ano passado. Esta situação poderá manter-se ou agravar-se até final da época porque não sendo remunerados, por vezes os jogadores têm que optar entre o futsal e a sua via privada, familiar ou profissional.


Este é o ano do S. Pedro?

JULIANO: Penso que poderá acontecer uma situação idêntica aos outros anos, os problemas organizativos internos irresolúveis por falta de meios juntamente com determinados factores que não controlamos nem queremos controlar, tornam o título numa miragem. A possibilidade do S.Pedro ser campeão nos juniores femininos é mais real.

Reconstruir todos os anos uma equipa é um grande mérito teu, não é fácil transmitir aos novos atletas rotinas que já foram adquiridas pelos que já estão no clube à algum tempo, qual o segredo?

JULIANO: Este ano foram inicialmente inscritos 17 jogadores. Nenhum jogador tem qualquer remuneração. Dos 17 jogadores, quase 50% não jogaram futsal sénior na época anterior; realizamos apenas 2 treinos por semana; face a este enquadramento, só com a grande ajuda de todos jogadores que transitaram da época anterior, nomeadamente os capitães e os mais experientes, e o auxílio indispensável do Luis Matias e do nosso Presidente Pedro Cláudio, foi possível integrar com alguma eficácia os mais novos nos princípios do clube e no modelo de jogo da equipa. Este processo continua e está longe de terminar.

Um treinador nunca está satisfeito com a equipa que tem, acha sempre que poderia ter outro ou outros jogadores, para ficar mais forte.
Este é o melhor plantel que já tiveste, ou melhor, será esta a equipa mais equilibrada?

JULIANO: As equipas com o conjunto de jogadores mais forte foram as de 2005/06 e 2006/07; a deste ano é forte mas veremos no fim se é a melhor.
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O S. Pedro tem um misto de atletas experientes com alguns jovens, é fácil gerir esta mescla de atletas?

JULIANO: Sim, muito fácil, quando os jovens têm motivação e bons valores.

A maior parte das equipas do Distrital joga em 3x1, muito poucas utilizam o 4x0, será por não terem rotinas / ou não terem o conhecimento ideal para a utilização do 4x0. Digo isto porque, também vejo que quem joga em 3x1, utiliza um pivot móvel que muitas vezes cai numa ala. Será que o pivot está em vias de extinção ou é também uma evolução dessa posição específica?

JULIANO: Mais importante do que o sistema é a dinâmica, as rotinas e os princípios; um bom pivot é útil a qualquer equipa e pode ser utilizado nos dois sistemas; a sua maior ou menor mobilidade dependerá das rotinas da própria equipa e do adversário.

O Campeonato deste ano está muito equilibrado, mas o equilíbrio não é sinónimo de qualidade. Em tua opinião é um campeonato nivelado, mas de qualidade ou por baixo?

JULIANO: Ainda não jogámos com todas as equipas; como em todos os anos, há quatro ou cinco equipas que lutam para o primeiro lugar e outras tantas mais limitadas que não poderão lá chegar; tenho visto poucos jogos não tenho opinião segura.

Quem vê a equipa do S. Pedro, observa uma equipa com princípios de jogo, com rotinas adquiridas, achas que o atleta Algarvio está preparado para trabalhar semanalmente, para aplicar durante o fim-de-semana o conhecimento adquirido?
Pergunto isto porque vejo muitas equipas na 1ª. Divisão Distrital, que não têm essa preocupação, não existe trabalho, é feito tudo no improviso.

JULIANO: Cabe aos treinadores serem exigentes com os seus jogadores no sentido de o jogo ser o reflexo ou um prolongamento do que se faz nos treinos.

Actualmente começa a aparecer o que eu chamo de geração do Futsal, ou seja, atletas que chegam a seniores com formação no Futsal, o que não acontecia há uns anos atrás, porque só vinha para o Futsal quem não tinha sucesso no futebol 11.
Que importância tem para ti a formação do atleta, na nossa modalidade?


JULIANO: É obviamente essencial porque as características do jogador de futsal são muito diferentes das do jogador de futebol 11; esta época temos dois jogadores, um ainda júnior e o outro 1º ano de sénior, que tiveram essa formação e que têm grande facilidade em apreender as rotinas, os métodos de jogo, os princípios, etc.
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A estrutura da equipa do S. Pedro tem sido mais ou menos a mesma ao logo destes anos. Que apoios têm e quais a vossas maiores necessidades?

JULIANO: Apenas temos o apoio da firma Elevis Elevadores que cobre 50% do orçamento anual dos seniores; apoio público financeiro não temos desde há três anos para cá; apenas utilizamos a carrinha de 9 lugares da Junta de Freguesia de S. Pedro. Nada mais.

O projecto e trajecto do S. Pedro, tem sido de grande consistência e equilibrado, temos visto muitas equipas que entraram no Futsal com a ambição de subirem aos nacionais e se não conseguem nos 2 primeiros anos esse projecto acaba. O S. Pedro não vive com a ansiedade e necessidade de se afirmar no panorama nacional e ser mais um?
Parece quererem cimentar estruturas e darem um passo de cada vez, é esse o segredo?


JULIANO: Não recebendo qualquer apoio financeiro para além do referido, não podemos ter grandes ambições a não ser ter uma equipa competitiva, que joguem bem, com valores desportivos e humanos adequados, e que tente acabar cada campeonato o mais acima possível; se alguma vez formos campeões avaliaremos, na altura, os apoios que podem chegar.

Nunca seremos mais um porque somos o S. Pedro.
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A formação num clube é importante, no entanto o S. Pedro este ano não tem escalões de formação, excepto as juniores femininas. É por terem poucos apoios que não investem mais na formação?
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JULIANO: Tivemos três escalões de formação há três época atrás mas desistimos devido às dificuldades financeiras óbvias com que nos deparámos. As juniores femininas são praticamente auto-suficientes porque pagam uma quota anual para poder jogar.

Que análise fazes ao Futsal Algarvio?

JULIANO: Está em evolução e vai continuar a evoluir; seria importante ter uma equipa na 1ª divisão.
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Existem duas divisões nos distritais, parece existir um grande desnível, nas equipas. Os nossos campeonatos estão bem estruturados?
Todos os anos aparecem e desaparecem equipas, isso também não é benéfico.


JULIANO: Presumo que muitas equipas que tiveram a mesma motivação que nós quando começámos têm também depois os mesmos estrangulamentos e, não tendo condições, acabam por desistir.

O S. Pedro é uma equipa de Faro, a capital Algarvia parece este ano querer mostrar que tem potencial. Tem uma equipa nos nacionais, duas na luta pela subida aos nacionais e aparece o Bonjoanenses na segunda divisão distrital. Acreditas que existe espaço para tantas equipas?
A autarquia tem demonstrado interesse em apoiar os clubes em termos de infra-estruturas. Já que só existe 1 pavilhão e todos sabemos as condições que tem.

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JULIANO: Desde que existam jogadores, treinadores e dirigentes com ambição, o limite é aquele que a capacidade humana demonstrar. Se o Bonjoanenses tem ambição de construir um projecto, se foram dadas condições públicas para o desenvolver, não vejo qualquer problema.
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Ao fim de 8 jornadas e com o conhecimento que tens do Distrital, e faltando ainda tanto para o término do mesmo, quem são as equipas que se apresentam em melhores condições para lutarem até ao fim pelo titulo Algarvio?

JULIANO: O Atalaia, A casa do Benfica, o Santo Estevão e o S. Pedro.

Estamos bem representados nos campeonatos nacionais?

JULIANO: Sim.

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Numa sequencia de perguntas e respostas rápidas:

Qual o melhor treinador português?
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JULIANO: Alípio Matos

Qual o melhor treinador Algarvio?

JULIANO: Tomás (actualmente no Stº Estevão)

Qual o melhor jogador português?

JULIANO: Pedro Costa

Qual o melhor jogador Algarvio?

JULIANO: Pedro Cary

Qual a melhor equipa Algarvia?

JULIANO: Albufeira Futsal

Quem vai ser campeão Distrital?

JULIANO: Não sei
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Existe algum jogador algarvio em condições para jogar num grande?

JULIANO: Sim, o Maia do Albufeira Futsal, Mica e Pedrinho do Louletano.

Agradeço a tua disponibilidade e boa sorte para o resto do campeonato.

Luis Barradas